terça-feira, janeiro 02, 2007
“Transforma o fraco em coisa forte: tudo se renova”
Acabou...
E já nem sei se as últimas lágrimas eram de dor ou de alívio... Provavelmente uma mistura de ambos.
Sei que fiz o que estava certo, o que no fundo sabia ser inevitável mas para o qual nunca tinha tido coragem.
Perguntaste se erraste e eu respondi que não era isso que estava em causa. E não é.
Eu amei-te e preciso amar-me a mim sem ti, sem o teu jeito, sem as tuas gargalhadas, sem as tuas palavras. Por isso não estou mais aqui para ti e quero tirar-te de ao pé de mim. Não estou zangada, não amuei. Só larguei o fio que me prendia a ti e usei a porta que sempre me recusei a ver escancarada à espera que saísse.
Talvez me tenhas magoado, sei que sim. Mas com o tempo não me vou lembrar. E talvez com o tempo possa voltar. Talvez quando puder ouvir-te sorrir sem sofrer por não ser para mim.
Acabou... Perdeste-me por fim. Bom ano para ti.
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8 comentários:
Às vezes temos mesmo que saber reconhecer quando é a altura de saírmos pela porta aberta que sempre esteve lá. E a verdade é que, quanto mais hesitamos em sair, mais sofremos com essa hesitação e com esse fechar de olhos à derradeira solução da nossa pequena angústia. E lá porque nos custa sair de vez, não significa que do outro lado da porta não existam mil e uma coisas boas e novas para conhecermos, aproveitarmos e sorrirmos outra vez.
Eu sei que às vezes é difícil acreditar que algo brilhe tanto como aquilo que se sente naquele momento, mas aprecio muito esta tua coragem!
Força nisso, Claudette! Ahah.
Beijinho!*
wise words, dear friend.
Take care :) *
escreves tão bem, Cláudia :) estou contigo, como sabes,em toda esta luta. é difícil e já me pergunto há muito tempo o que é preciso: espaço ou tempo? quando perceber digo-te e se tu perceberes primeiro dizes-me a mim, está bem? beijinhos!
lembra-me o filme HOLIDAY
olá claudia, sou um novo apoiante da blogosfera e experimentei vir ver o teu blog...e de facto fiquei siderado... sou conhecido por ser insensivel e muito mas mesmo bruto mas de facto este texto que escreveste tocou bem fundo.... inesquecível cada palavra
"Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos"
Luis de Camões
Adoro o poema amigo(a) "anónimo"!*
E sei que continuaria assim:
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Sei que o mundo anda desconcertado... Também para mim penso eu... Porque nunca fui má... Ou nunca quis ser pelo menos... Talvez não possa dizer que fui castigada, mas - Boa ou não - muitos foram já os tormentos. E depois? Também já dei grandes braçadas em mares de contentamento... e dizem que ninguém é confrontado com nada com que não possa lidar! =)
Desde que te sintas bem, desde que agora estejas melhor, tens o nosso total e inesgotável apoio :)
É preciso distinguir aquilo que nos faz bem daquilo que achamos que estamos a fazer bem.
E se contrastarem, é preciso optar pela primeira, esquecendo outros, relembrando que para gostar dos outros, é preciso primeiro gostarmos de nós mesmos.
E até porque a vida é uma eterna evolução, e uma eterna mudança de horizontes, não há nada que saiba tão bem como um sopro de nostalgia, que nos faz chorar e sorrir ao mesmo tempo, de saber quão bom isso foi, e quanto isso representa em ti hoje.
Beijinho :)*
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