quinta-feira, dezembro 28, 2006


Acabou o ano de 2006... e pareceu tão comprido que apetece voltar a sentir algumas coisas: para relembrar, para aprender, para constatar.

Sorrio ao pensar...

...na época em que me apaixonei pelo Manel(*): logo no início de Janeiro durante a Campanha Presidencial pelo Dr. Mário Soares. O desafio, o extâse, a conquista, a novidade, a forma como nos encaixávamos tão bem... Tantas experiências novas!...

... na viagem ao Porto no comboio do MP3 e na amizade do Gui(*)...

... no jantar dos meus 18 anos, numa 6a feira 13(!), com todos vocês que adoro(*) e as surpresas que me fizeram - a cara que me doía de tanto sorrir...

... na saga que eu e o Pacheco (*) concretizamos para organizar a Viagem de Finalistas e nessa grande semana em Lloret: o passeio por Barcelona em que comecei a conhecer mais a Teresa Ratinho (piu!*), o quanto adorei aquelas noites a conversar com o Diogo(*) que não via há tanto tempo...

... no sucesso do Baile de Finalistas - apesar do pé torcido e das muletas, apesar do profundo desprezo pela hipocrisia do Cláudio - lembrar-me do olhar da Maria(*), do Manel, da Margarida(*) e do Filipe(*) à volta da minha mesa e do reconhecimento que fizeram do meu trabalho quando pude dizer que adorei de facto trabalhar para aquelas pessoas...

... no Congresso Nacional da JS em Julho...

... na semana em Milfontes quando comecei a conhecer melhor o doente do Luís (=p*) com quem gosto tanto de partilhar pequenos sorrisos não planeados no fim de um dia cansado...

... no Sudoeste... sim... por ter voltado a ser amiga do João P., eternamente o João do Cambrigde(=p*) - que representou a concretização da "Resolução de Ano Novo" mais difícil que fiz... e porque apesar de haver muita angústia misturada, existiram momentos de alienação e puro gozo - e foi o momento em que o João(*) apareceu, verdadeiramente, na minha vida...

... sorrio e aqueço por dentro ao pensar em todos os momentos bons, sorrisos e abraços, que passei ao lado do João em Agosto e Setembro- a Ericeira e a Galé: porque foram inesquecíveis, porque me fizeram exceder-me, porque mudaram muito o curso da minha vida, porque é uma pessoa muito especial que me orgulho de conhecer... simplesmente porque a paixão que senti me manteve viva e com esperança...

... na Galé também por pessoas como o louco do Brito(*) que precisava receber um beijinho particular também porque foi outra pessoa que comecei a descobrir este ano e de quem gosto muito...

... no nascimento da minha querida prima/sobrinha Joana(*)!...

... na experiência que foi a Metropolis e nos "May I Help You" - naquele jantar de Gala...

... nas minhas praxes na faculdade - a noite de Santana - e tantas tantas pessoas que conheci(*) - O Manel(*), O Zé Diogo(=p*), as meninas alentejanas(=P**) e as meninas madeirenses (=P**), tenho gostado muito de conhecer todos(*)...

... na minha entrada para a alegria e calor da UVD na Patinagem mas especialmente no conforto de estar perto de alguém que me conhece tão bem como a Cristina(*)...

... no meu debate frente à JSD em que me soube tão bem falar - apesar do calor, do ritmo cardíaco acelerado pelo desafio que foi - e no trabalho renovado do meu núcleo (*)...

... no X Encontro Nacional da Juventude em Santo Tirso por me ter feito acreditar no poder dos Jovens e pela maravilhosa companhia - o David (*), a Maria (*) e o Pedro Filipe (*) - por descobrir que ainda tenho 1 amigo semeado no Porto que me faz sorrir, o Pedro(*)...

... e por último, na grandiosa Viagem a Múrcia, em que era a mais velhinha - eu sei - e nos simpáticos "Parolos que Visitaram Múrcia" - a Inês(*), a Rita (*), o Sebastião (*) e a Laura (*)...

Com um ano destes ninguém diria
que estive lesionada e afastada da Patinagem durante 6 meses e que deixei a minha treinadora(*),
nem que baixei a média de candidatura em 1,5 valores com os exames nacionais,
nem que acabei o namoro mais sólido que alguma vez tive depois de o ver morrer em agonia,
nem que assisti (tomara que tivesse apenas assistido!) à separação - e à dor - dos meus pais(**) que me fez mudar de casa,
nem que sofri (será que ainda sofro?) por um sentimento que não pode ser/é/foi correspondido...

Sei que tenho grandes amigos e estou a estudar o que quero e o que me dá gozo e patino pela sensação boa que me dá...

Sempre fui apaixonada. Apaixonada pela vida, pelo que faço, pelas pessoas, pelos lugares... Preciso sentir essa paixão de novo dentro de mim. Ser de novo a Super Cláudia. É a minha Resolução para 2007.

Consegui todas as minhas Resoluções de 2006. Tive um ano meio doce, meio amargo. Mas o bom é que não lhe faltou sabor. Desejo um 2007 que traga mais aromas, mais texturas, mas experiências... QUERO É VIVER!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Patinar... Sempre a Patinar...

Odeio que anoiteça às cinco e meia da tarde. Fica-se com aquela sensação muito desconfortável de que o dia já acabou e ainda não fizemos quase nada quando na verdade ainda vamos a meio da tarde!...

Hoje acordei enjoada com o mundo.
Recriminei-me por dormir até às onze e meia, apesar de ter sido o primeiro dia de férias em que o pude fazer.
Senti-me desconfortável na roupa que vesti por mais que tenha tentado ficar girinha para mim. Talvez esteja um bocadinho gorda. O cabelo hoje está esquisito.
Deparei-me com uma borbulha horrível no nariz (sim porque eu que escapei a qualquer tipo de problema dermatológico quando tinha idade para os ter, agora que tenho quase 19 anos é raro o dia em que não tenho borbulhas e sempre, sempre!, no nariz =x).
Continuou a doer-me a cabeça e a garganta apesar do Brufen que tomei.
Senti-me tentada a faltar ao treino. Porque voltei a não adiantar o trabalho de Biologia Celular que tenho para fazer. Porque voltei a não estudar para o Crédito de Bioquímica de dia 3 de Janeiro.

Ainda bem que não faltei. Agora estou cansada também fisicamente, além do frio que me põe os lábios gretados e o nariz gelado. Os dramas do dia mantém-se, aos quais se somou a dor no cotovelo que já estava magoado e que agora está mais ainda. Mas eu estou mais tranquila. Descarreguei alguma energia. Senti-me bem só por patinar bem para mim.

Sim, se há algo em mim que nos últimos tempos merece o meu reconhecimento é o quanto cresci na patinagem.

Ainda me lembro de ser pequena e vir das provas sem dar qualquer valor ao lugar que conseguia, sem saber quem estava ao meu lado no pódio (quando ficava no pódio), sem ter a noção se fazia ou não o mesmo que nos treinos, mas com uma grande barrigada de jogos de escondidas e apanhadas pelos pavilhoes e as inerentes pinturas, penteados e fatos para fazer as provas e os almoços de equipa.

Com os meus 12 aninhos deixou de ser assim, coincidindo assim, para surpresa de ninguém, com a primeira ida à selecção. Tudo ficou muito mais complicado. Passei a ser uma atleta muito trabalhadora e até promissora mas que falhava muito em prova e que não sabia controlar os nervos nem lidar com o ambiente de selecção. Há 3 anos deixei de ser chamada. A primeira vez que fiquei de fora foi a maior injustiça de que já fui vítima. Simplesmente porque foi o campeonato nacional em que alcancei todos os meus objectivos: ganhei a prova de Figuras Obrigatórias e fiquei em 2o em Patinagem Livre, sendo que não ambicionava realisticamente ganhar à Marta Ferreira que ficou em 1o, como todos sabem. Foi nestas condições que fui deixada para trás - os motivos não vou sequer procurar referi-los. Sei que não fui nesse ano nem no seguinte, que foi sem dúvida a minha pior prestação nacional desde sempre, nem no seguinte, que foi este ano em que nem pude competir por estar lesionada.

Não ir à selecção foi duro. Mas fez-me repensar muitas coisas. Ao contrário de muita gente eu continuo a patinar ao fim destes 3 anos e estou igualmente motivada todos os dias. Continuo a querer fazer melhor as coisas por mais que já não tenha tanto tempo ou ande mais cansada às vezes. Continuo a gostar de me arranjar para uma prova e de ser bonita a patinar. Se continuo é porque isto significa algo mais do que o sucesso em prova ou a selecção não é? Admito que quero sempre ser bem sucedida em prova e que tenho sempre esperança de voltar à selecção. Mas embora seja um objectivo não é o único nem o mais importante. Adquiri a maturidade para perceber que a patinagem me faz bem quando estou em baixo. O simples acto de patinar faz-me bem e é algo que é só meu e mais ninguém pode ver nem sentir.

Sou das mais velhinhas. Cheguei a esse posto. E esse posto chegou mais depressa do que imaginava. Agora olho à volta e sei que há quem me tenha por exemplo. E é uma responsabilidade que tenho com todo o gosto. Sabe muito bem poder ensinar algo aos outros e na patinagem eu tenho bem presentes os valores que quero passar a quem me quiser ouvir. Eu atravessei uma fase em que a Patinagem era a minha vida. Em que falhar significava quase o mesmo que ficar muito doente. Em que patinava para os outros e muito pouco para mim. Gostava muito de explicar às pessoas que esse é o pior caminho. Que por mais que seja bom fazer um duplo axel numa prova para ouvir aplausos, é muito melhor sentir que podemos fazê-lo num dia como o de hoje em que acordei enjoada com o mundo.

Que todos tenham algo como a minha patinagem no dia-à-dia das vossas vidas!**


(Um grande beijinho para a Inês, a Rita, o Sebastião e a Laura por uma viagem muito, muito, divertirda a Múrcia para ver o Campeonato do Mundo. =) *)

domingo, dezembro 03, 2006

Connosco o Mundo Tem Futuro



Aqui estou eu no 10º Encontro Nacional da Juventude, quase de saída, e com uma cabeça cheia de ideias e sonhos.

Uma das coisas que foi aqui discutida foi, sem dúvida, a participação dos jovens na vida pública mundial. Tenho a dizer, quanto a isso, que sempre fui optimista - mesmo sem fazer ideia da quantidade de projectos de juventude que todos os dias são levados a cabo quer no Mundo, quer no nosso país. É óbvio que podiamos ser ainda mais, é óbvio que em termos proporcionais se calhar até somos poucos, mas não fazemos todos - definitivamente - parte dessa "geração rasca" que os "cotas" invejosos (e, diga-se, inconsequentes) apregoam.

Durante este fim de semana encontrei muitas pessoas, jovens, que se esforçam por fazer do mundo um lugar melhor - das mais variadas formas. Desde os que promovem acções regionais até aos que atravessam o mundo para ajudar; desde organizações e associações das mais variadas índoles até juventudes partidárias de várias ideologias... São muitos os jovens que têm de facto algo a dizer.

Sinto-me priveligiada por ter podido participar nos grupos de trabalho que aqui se realizaram - quem quiser ler o documento elaborado com as conclusões de todos os grupos basta pedir-me - porque sinto que se conseguiu alguma coisa.

Queria dar os Parabéns a quem trabalha para que estes encontros sejam possíveis e também a todos os que investem muito do seu tempo e inteligência para ajudar os outros e mostrar que a juventude tem um papel fundamental e transversal a toda a sociedade. Aos restantes apelo a que se juntem nesta cruzada que só nos enriquece e que prova que, definitivamente, connosco o Mundo tem Futuro!